segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Vice-governador esta abrindo os olhos e manda recado a Roseana Sarney

Insatisfeito com o tratamento dado ao PT pela governadora Roseana Sarney, o vice Washington Luiz mandou um duro recado à filha de Sarney. Em artigo publicado neste domingo nos principais jornais da cidade sob o título “PT para os petistas e para a sociedade”, ele faz questão de considerar a hipótese do seu partido não apoiar o próprio governo.

Sem rodeios, Washington afirma: “(...) precisamos criar um ambiente favorável para debater as quatro propostas que estão sendo apontadas pelas diversas correntes internas como cenários para o PT em 2014, quais sejam: 1) a reedição da aliança com o PMDB; 2) aliança com o PC do B; 3) candidatura própria e 4) compor a chamada “terceira via”.

A retirada de apoio ao governo do qual é vice seria inimaginável, mas Washington e seu grupo não escondem a mágoa com a governadora por ter perdido a poderosa Secretaria de Educação, após entregarem o PT para a oligarquia Sarney. 

Além de expulsar o partido da pasta sob a acusação de corrupção disseminada na imprensa sarneysista, Roseana ainda enganou os petistas prometendo nomear outro nome do partido para depois do Carnaval de 2011. Depois, fez repercutir o argumento de que o PT não possuía quadros com competência para o posto. Carnaval vai, carnaval vem e a turma ligada ao vice-governador ainda não curou a ressaca.

Coube ao patrono do PT maranhense dar novo tom ao enredo. “Seja qual for o caminho, (...) a ninguém interessa transformar o PT em extensão ou sublegenda de qualquer partido, ou tampouco ficar isolado.”

O isolamento a que Washington se refere é a forma subalterna como Roseana Sarney trata o partido, que foi fundamental para sua eleição em 2010. O PT conta apenas com a inexpressiva Secretaria de Trabalho e outras não menos insignificantes sinecuras.

A máscara palaciana caiu de vez quando o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, embora não tenha contado com apoio formal do partido em sua eleição deu ao PT duas secretarias: Cultura e Representação em Brasília, além da direção do mais importante hospital do município, o Socorrão I. Por último, indicou o vereador petista Honorato Fernandes, ligado a Washington, para a liderança do governo na Câmara.

Foi o suficiente para o samba atravessar de vez na concentração leonina. E Washington passa a acenar para o grupo liderado por Edivaldo Júnior e Flávio Dino. Ele bem sabe os apupos que o esperam na passarela da oligarquia Sarney, onde é tratado como estorvo a ponto de considerá-lo carta fora do baralho antes mesmo do desfile começar. E como sabe que a intimidade de Roseana com a folia é tão grande quanto com as cartas, o vice usa o artigo como a perguntar “quer pagar pra ver?”. Façam suas apostas. A festa, ou melhor, o jogo está apenas começando.

Do Blog de Jorge Vieira

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