O
presidente municipal do PSB e vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha
declarou hoje, em encontro com a participação da deputada Eliziane Gama
(PPS) e de lideranças do PPS, que tem o “direito legítimo” de disputar
em 2014 a vaga de senador a ser aberta com o fim do mandato de Epitácio
Cafeteira (PTB).
Segundo Rocha, tanto
ele, quanto o ex-governador José Reinaldo (PSB) – ambos candidatos ao
Senado em 2010 – têm o direito de concorrer novamente.
“O
PSB ainda não colocou a sua pretensão de candidatura ao Senado.
Naturalmente que eu fui candidato na eleição passada, como foi o
ex-governador José Reinaldo, e qualquer um que já disputou tem o
legítimo direito de disputar novamente”, afirmou, numa nítida tentativa
de não polemizar com seu principal adversário no partido.
Para
o socialista, não é apenas o fato de já ter participado de uma eleição
para o cargo, mas a votação que obteve há dois anos e meio que o
credencia a entrar novamente como possível candidato. Roberto Rocha
acredita ser cedo para falar em “equações políticas”, mas não para se
falar de projetos.
“Não é um direito
adquirido por querer, é um direito que a pessoa tem pelo exercício
natural da disputa. Nós tivemos mais de 700 mil votos espalhados por
todos os cantos do estado. Na própria Ilha de São Luís tivemos 170 mil
votos. A eleição de senador está muito na conjuntura dos candidatos a
governador e presidente. É cedo para gente estar falando de equação
política, montagem de chapa. Mas não é cedo pra falar de projeto
político, de projeto partidário”, completou.
Relação com Dino
Outro
problema causado pelo início das movimentações de Rocha é a proximidade
dele com Eliziane, pré-candidata a governadora pela “Via Alternativa” –
os ex-prefeitos Hilton Gonçalo (PP) e Deoclides Macêdo (PDT) também
podem representar essa corrente. Alguns analistas entendem o ato
conjunto dos dois como um recado do socialista – aparentemente isolado
na Prefeitura – ao pré-candidato do PCdoB, Flávio Dino, espécie de tutor
do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
Roberto
Rocha nega, e diz que o fato de um possível afastamento agora não
significa que a oposição não esteja unida. “É possível que daqui para as
próximas convenções, que se darão apenas em junho de 2014, a gente
esteja caminhando no mesmo caminho. Mas é da política que as forças
partidárias encontrem o momento para se juntar. Se não acontece muitas
vezes no primeiro turno, seguramente acontece no segundo turno”,
completou.
O próprio Flávio Dino
comentou o ato e os passos já dados por Rocha. De acordo com ele, tanto
uma possível candidatura do vice-prefeito ao Senado, quanto a
aproximação com o PPS, são inerentes à democracia”.
“Vejo
a candidatura do Roberto Rocha ao Senado com imensa alegria. Quanto à
reunião com Eliziane, acho normal todas as reuniões entre lideranças
políticas”, ressaltou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário