quinta-feira, 27 de março de 2014

Deputado preso renuncia; seu suplente foi condenado a 12 anos de prisão por desvio de recursos públicos

 
 
Com a renúncia de Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) na tarde de hoje, o ex-senador Luiz Otávio (PMDB-PA) deverá assumir a vaga deixada pelo colega. No entanto, ele também tem pendências com a Justiça e foi condenado, em 2012, a 12 anos de prisão por desvio de recursos públicos. Como a condenação se deu na primeira instância da Justiça e ele recorre em liberdade, o peemedebista poderá tomar posse na Câmara. 
 
De acordo com investigações do Ministério Público Federal, Luiz Otávio e outros integrantes do grupo Rodomar receberam um empréstimo de R$ 12 milhões da Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) para construir balsas. No entanto, o grupo reformou embarcações antigas a um custo muito menor. Na época, o peemedebista era gerente do grupo. Ele foi condenado a cumprir a pena em regime fechado e deve pagar multa.
Luiz Otávio (PMDB-PA)
Em 2011, Otavio chegou a assumir o mandato no lugar de Bentes, que se afastou da Câmara para assumir uma secretaria de governo no Pará. O peemedebista foi senador entre 1999 e 2007.
Sexto parlamentar condenado à prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) desde a Constituição de 1988, Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) renunciou ao mandato na Câmara nesta quarta-feira (26).
 
Ele explicou aos jornalistas que tomou a decisão para não constranger os outros congressistas, que poderiam abrir um processo de cassação contra ele. Para ele, o voto aberto em plenário exporia seus colegas. "Quando o voto era fechado, nem tanto. Mas com o aberto, sinto que causaria constrangimento a deputados que conviveram comigo por seis mandatos".
O deputado foi condenado pelo STF em 2011 e, na semana passada, os ministros rejeitaram recurso mantendo sua sentença de 3 anos e 1 mês de prisão, em regime aberto.
Segundo o Ministério Público, ele pagou laqueaduras -cirurgia para que mulheres não possam mais ter filhos- em troca de votos nas eleições municipais de 2004. Ele também foi denunciado por compra de votos, mas o crime prescreveu.
Folha de S. Paulo

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