O enterro aconteceu ainda na quinta-feira, à tarde, no Cemitério de Nazaré da Mata, na Zona da Mata de Pernambuco, e foi acompanhado por uma multidão. Ele era o último ex-soldado vivo da Polícia do Cangaço, intitulada na época de Força Volante, - que caçou Virgulino Lampião e seu bando, em várias cidades do Sertão e Agreste.
Familiares informaram por telefone que Manoel estava debilitado há alguns meses e que também havia perdido a visão e a mobilidade, mas que não tinha nenhuma doença diagnosticada. "Posso dizer que ele teve morte natural, mesmo constando no Atestado de Óbito a causa mortis infarto. Meu pai era muito muito forte, mas o falecimento não foi surpresa pra família, justamente por causa da idade avançada", disse a filha Alaíde Cavalcanti.
“Neco Pautilla” participou de pelo menos cinco combates contra o Rei do Cangaço e seu grupo. Após abandonar a Volante, “Neco” foi barbeiro, alfaiate e sapateiro, até tornar-se funcionário público da Suvale, hoje Codevasf, onde se aposentou.
Em umas das batalhas, como conta Alaide, Manoel conheceu a esposa que o acompanhou até a sua morte: Maria Ribeiro dos Anjos, de 94 anos, com quem teve 14 filhos e passou 80 anos junto. Ele também deixou 52 netos, 44 bisnetos e um tetraneto.
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