terça-feira, 13 de maio de 2014

Prefeitura recupera áreas atingidas e mantém apoio aos desabrigados

O prefeito Edivaldo pediu atuação intensiva de todos os órgãos municipais na mobilização em apoio às famílias atingidas pelas fortes chuvas que atingiram a capital durante o fim de semana. Entre as ações prioritárias orientadas pelo chefe do executivo está a realização de serviços emergenciais de infraestrutura visando amenizar os transtornos provocados pelos alagamentos.
 
As equipes da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp) intensificaram ainda no domingo (11) os trabalhos de limpeza e desobstrução de galerias pluviais. A ação foi iniciada pelo bairro do Cohafuma, onde foram registrados vários pontos críticos de inundação. O trabalho foi estendido à Avenida São Marçal e Rua Frei Caneca, no João Paulo, que tinham recebido o serviço na semana passada para facilitar o escoamento de águas da chuva.
 
Nesta segunda-feira (12), as equipes estiveram no Canal Cohab/Cohatrac para realizar intervenções que facilitam o escoamento da água represada. Os serviços também foram realizados no Canal do Coroadinho com o uso de maquinário para limpeza e retirada do material assoreado. As vias do Coroadinho também receberam serviços de limpeza em virtude da sujeira provocada com as enxurradas.
 
O secretário de Obras e Serviços Públicos, Antônio Araújo, ressaltou o empenho do prefeito em mobilizar todas as secretarias competentes para uma resposta rápida aos transtornos. Ele lembrou que a Semosp começou o ano com um trabalho preventivo para desobstrução das galerias, mas o volume das chuvas de sábado foi muito intenso e o sistema não suportou.
 
“Por determinação do prefeito Edivaldo, nós estamos desde janeiro fazendo o trabalho de manutenção destas galerias antigas. Mas a chuva de sábado teve um volume enorme, que arrastou troncos de árvores, galhos e obstruiu as passagens”, esclareceu Antônio Araújo.
 
Entre os locais que receberam os serviços preventivos e que são considerados pontos críticos estão os bairros do Vinhais, Areinha, Rio Anil, Rio da Bicas, Fumacê, Cohafuma e Santa Rosa. O superintendente do Setor de Drenagem da Semosp, Carlos Alberto, explicou que a drenagem poderia ter funcionado melhor após os serviços, mesmo com o volume atípico das chuvas, caso não houvesse o descarte irregular de lixo nos locais.
 
“Mesmo com os serviços de desobstrução realizados pela Semosp, os alagamentos ocorreram devido ao lixo jogado irregularmente nas ruas da capital e arrastado para as galerias durante a enxurrada. É preciso que exista a consciência de não jogar lixo na rua ou continuaremos tendo inundações”, afirmou o superintendente.
 
RELATÓRIO PARCIAL
 
Na manhã desta segunda-feira (12), a Secretaria de Segurança com Cidadania (Semusc), através da Defesa Civil Municipal, apresentou relatório atualizado da situação com as ocorrências e providências adotadas. Conforme o documento, 34 ocorrências foram recebidas pela Defesa Civil neste domingo (11).
 
Segundo o titular da Semusc, Breno Galdino, em atendimento a essas ocorrências, a Defesa Civil foi dividida em três equipes, ficando uma responsável por colocação de lonas em pontos críticos, outra pela vistoria e uma terceira visitando os abrigos, juntamente com técnicos da Secretaria da Criança e Assistência Social (Semcas).
 
“Encaminhamos, imediatamente, equipes para todas essas áreas que apresentam risco de deslizamento. Já intensificamos o trabalho de orientação e sensibilização aos moradores sobre o perigo de permanecerem no local, porém, as famílias se recusam a deixar a área, mesmo com todo o esforço de nossas equipes em demonstrar a gravidade da situação”, observou Breno Galdino.
 
Ele destacou a preocupação do prefeito com a situação das famílias que vivem nas áreas de risco, com o empenho imediato da Força Tarefa de Resposta a Desastres da Prefeitura de São Luís. O secretário também informou que o mapa do tempo é acompanhado constantemente para monitoramento de 66 pontos de risco. Entre estes, existem os que não são da competência do município e, por isto, estão sendo encaminhados aos órgãos competentes.
 
“Estamos fazendo os laudos de outras áreas que apresentam risco moderado e, se necessário, serão feitas novas interdições e remoção das pessoas. Também aplicamos lonas em alguns locais da cidade para tentar conter parte do recebimento de água pelo solo”, detalhou Breno Galdino.
 
APOIO
 
A Prefeitura de São Luís mantém o atendimento às 14 famílias (cerca de 40 pessoas) da Vila Apaco, alojadas na Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Santa Clara. Os desabrigados receberam visita da equipe de apoio da Unidade de Saúde do São Bernardo para avaliação do estado das famílias. Na área Salina/Sacavém, os desabrigados foram remanejados para associações locais, mas preferiram buscar alojamento na casa de parentes e amigos, e agora os locais estão sendo usados para depósito dos pertences das famílias. Com o alagamento nas adjacências do Residencial Maria Aragão, a Defesa Civil providenciou abrigo para seis famílias (cerca de 20 pessoas) em uma creche local.
 
Em todos os pontos de alojamentos de desabrigados estão sendo distribuídas água, colchonete e cestas básicas obtidas através de aquisição pela Secretaria de Segurança Alimentar (Semsa). A titular da Semcas, Andreia Lauande, explicou que está sendo feito o levantamento e encaminhamento das famílias para o aluguel social. De acordo com o último levantamento, 217 famílias estão em aluguel social em São Luís. A secretária lembrou que os aluguéis variam entre R$ 200 e R$ 300.
 
“Precisamos achar os locais na comunidade para alugar. Mas, a pessoa beneficiada também precisa abrir uma conta. Temos que mapear o perfil das pessoas e colocá-las no grupo prioritário do Programa Minha Casa Minha Vida”, explicou Andreia Lauande.
 
A Semcas também trabalha com assistência psicológica e social aos atingidos.

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