A discriminação nas relações de trabalho ainda afeta negros e mulheres. Segundo uma pesquisa divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trabalhadores negros recebem salários inferiores aos dos brancos; e as mulheres, salários inferiores aos dos homens.
O estudo revelou que, em 2013, pessoas negras ou pardas ganharam 57,4% da remuneração recebida pelos trabalhadores de cor branca. A média aponta o montante de R$ 1.374,79 para os empregados negros e R$ 2.396,74 para os brancos.
Em relação ao gênero, as mulheres recebem 73,6% dos rendimentos dos homens. Em números, o salário das mulheres chega a R$ 1.614,95, enquanto o dos homens é de R$ 2.195,30.
Para a procuradora do Trabalho Luana Lima Duarte Leal, “pode existir diferença salarial entre trabalhadores, mas isso deve ser pautado em critérios objetivos: definição de um plano de carreira, tempo de serviço superior a dois anos, qualificação profissional, índice de desempenho. Cor e gênero não são parâmetros para cálculo salarial”.
No Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), esses casos são investigados pela Coordenadoria de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação do Trabalho, a qual responsabiliza as empresas que se utilizam de critérios desproporcionais nas relações de trabalho. No Maranhão, o procurador Ítalo Ígo Ferreira Rodrigues está à frente da Coordigualdade.
Fonte: O Imparcial
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