Rachel afirma que não incitou a violência em opinião no “SBT Brasil”
Rachel Sheherazade voltou a
causar polêmica na edição de terça-feira (04) do “SBT Brasil”
ao opinar sobre o caso do suposto ladrão que foi
torturado no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Após muita
repercussão a respeito do comentário, a jornalista se explicou durante o mesmo
noticiário na quinta-feira (06).
Em entrevista ao RD1, Rachel se
defendeu das críticas e afirmou que vai processar o líder do PSOL
(Partido Socialismo Liberdade) na Câmara, Ivan Valente.
Confira:
RD1 - O comentário sobre o
suposto ladrão que apanhou de moradores do bairro do Flamengo causou muita
repercussão na internet. Alguns dizem que é uma tentativa de atrair mídia para
o telejornal e para você mesma. O que tem a dizer?
Rachel Sheherazade - O que
chamam de polêmica eu chamo de repercussão. O jornalismo agora tem mais
opinião. E opinião em horário nobre! Fomos além da simples transmissão da
notícia. Agora, nós analisamos a notícia, opinamos sobre os fatos, nos
posicionamos, geramos discussões, debates. Geramos ainda mais repercussão a
fatos que, possivelmente, seriam facilmente esquecidos ao fim do noticiário.
Não há polêmica. Há liberdade de expressão como nunca se viu. E isso incomoda a
muitos grupos. Uma população alheia, desinformada, indiferente, é mais passiva.
E quanto mais passiva, mais fácil de manobrar. Mas, o Brasil está acordando!
RD1 - O PSOL afirmou que vai
acionar o Ministério Público e o Sindicato dos Jornalistas do RJ se posicionou
contra. Na sua opinião, porque houve essa reação negativa?
Rachel Sheherazade - Meu
editorial foi completamente desconstruído. Em nenhum momento do texto apoiei ou
incitei a violência contra quem quer que seja. Apenas achei “compreensível” a
reação extrema de um grupo de jovens acoado pela criminalidade. O que eles
fizeram não foi aceitável, mas, na minha opinião, foi “compreensível, diante do
desespero, da insegurança e da sensação de vulnerabilidade. Foi essa singela
palavra (compreensível) que causou tanto frisson.
Quanto aos motivos do Partido Socialismo
Liberdade é simples de entender. O PSOL é um partido pequeno, diria quase
inexpressivo. Está envolvido em escândalos de fraude e desvio de dinheiro
público. Desacreditada, às vésperas da eleição, a legenda precisava de uma
bandeira “politicamente correta” para encobrir seus próprios deslizes éticos.
Apontou-me como algoz do bandido preso ao poste e se apresentou como a
“defensora dos oprimidos”.
No plenário da Câmara, o líder do PSOL, Ivan
Valente chegou a pregar, sem qualquer pudor, o controle da mídia, em outras
palavras, a volta da censura aos meios de comunicação. Estarei me reunindo com
uma equipe de advogados ainda esta semana, pois pretendo processar o deputado
Ivan e seu partido por injúria e comunicação de falso crime, já que não houve,
no editorial, qualquer incitação à violência.
RD1 - Tanto o PSOL quanto o
Sindicato te acusam de incitar a violência. Acredita que o público pode ter
encarado dessa forma também? Quais são os comentários dos telespectadores?
Rachel Sheherazade - Sou
cristã. Jamais pregaria a violência pela violência. Os incautos que não viram o
vídeo, nem leram meu texto, mas apenas se deixaram levar pelas manchetes
sensacionalistas acreditaram na versão de incitação ao ódio. Quem viu e ouviu o
vídeo, me apoiou completamente.
RD1 - Depois dessa reação
negativa por parte do público, o SBT pediu para você suavizar as suas opiniões?
Rachel Sheherazade - O SBT
nunca interferiu nos meus comentários.
RD1 - Recentemente, saiu na
imprensa que alguns de seus colegas não aceitam bem as suas opiniões. O que tem
a dizer sobre isso?
Rachel Sheherazade - Meus
comentários não são unânimes, e nunca pretendi que fossem. Também não pauto
minhas opiniões pelas opiniões dos meus colegas. Sou muito transparente.
Escrevo o que acredito. Os editoriais que assino são baseados nos meus valores,
princípios, na minha visão de mundo. Eles são o reflexo do que acredito.
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