sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

“Jamais pregaria a violência”, afirma Rachel Sheherazade após polêmica


 
Rachel afirma que não incitou a violência em opinião no “SBT Brasil”

Rachel Sheherazade voltou a causar polêmica na edição de terça-feira (04) do “SBT Brasil” ao opinar sobre o caso do suposto ladrão que foi torturado no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Após muita repercussão a respeito do comentário, a jornalista se explicou durante o mesmo noticiário na quinta-feira (06).

Em entrevista ao RD1, Rachel se defendeu das críticas e afirmou que vai processar o líder do PSOL (Partido Socialismo Liberdade) na Câmara, Ivan Valente.

Confira:

RD1 - O comentário sobre o suposto ladrão que apanhou de moradores do bairro do Flamengo causou muita repercussão na internet. Alguns dizem que é uma tentativa de atrair mídia para o telejornal e para você mesma. O que tem a dizer?

Rachel Sheherazade - O que chamam de polêmica eu chamo de repercussão. O jornalismo agora tem mais opinião. E opinião em horário nobre! Fomos além da simples transmissão da notícia. Agora, nós analisamos a notícia, opinamos sobre os fatos, nos posicionamos, geramos discussões, debates. Geramos ainda mais repercussão a fatos que, possivelmente, seriam facilmente esquecidos ao fim do noticiário. Não há polêmica. Há liberdade de expressão como nunca se viu. E isso incomoda a muitos grupos. Uma população alheia, desinformada, indiferente, é mais passiva. E quanto mais passiva, mais fácil de manobrar. Mas, o Brasil está acordando!

RD1 - O PSOL afirmou que vai acionar o Ministério Público e o Sindicato dos Jornalistas do RJ se posicionou contra. Na sua opinião, porque houve essa reação negativa?

Rachel Sheherazade - Meu editorial foi completamente desconstruído. Em nenhum momento do texto apoiei ou incitei a violência contra quem quer que seja. Apenas achei “compreensível” a reação extrema de um grupo de jovens acoado pela criminalidade. O que eles fizeram não foi aceitável, mas, na minha opinião, foi “compreensível, diante do desespero, da insegurança e da sensação de vulnerabilidade. Foi essa singela palavra (compreensível) que causou tanto frisson.

Quanto aos motivos do Partido Socialismo Liberdade é simples de entender. O PSOL é um partido pequeno, diria quase inexpressivo. Está envolvido em escândalos de fraude e desvio de dinheiro público. Desacreditada, às vésperas da eleição, a legenda precisava de uma bandeira “politicamente correta” para encobrir seus próprios deslizes éticos. Apontou-me como algoz do bandido preso ao poste e se apresentou como a “defensora dos oprimidos”.

No plenário da Câmara, o líder do PSOL, Ivan Valente chegou a pregar, sem qualquer pudor, o controle da mídia, em outras palavras, a volta da censura aos meios de comunicação. Estarei me reunindo com uma equipe de advogados ainda esta semana, pois pretendo processar o deputado Ivan e seu partido por injúria e comunicação de falso crime, já que não houve, no editorial, qualquer incitação à violência.

RD1 - Tanto o PSOL quanto o Sindicato te acusam de incitar a violência. Acredita que o público pode ter encarado dessa forma também? Quais são os comentários dos telespectadores?

Rachel Sheherazade - Sou cristã. Jamais pregaria a violência pela violência. Os incautos que não viram o vídeo, nem leram meu texto, mas apenas se deixaram levar pelas manchetes sensacionalistas acreditaram na versão de incitação ao ódio. Quem viu e ouviu o vídeo, me apoiou completamente.

RD1 - Depois dessa reação negativa por parte do público, o SBT pediu para você suavizar as suas opiniões?

Rachel Sheherazade - O SBT nunca interferiu nos meus comentários.

RD1 - Recentemente, saiu na imprensa que alguns de seus colegas não aceitam bem as suas opiniões. O que tem a dizer sobre isso?

Rachel Sheherazade - Meus comentários não são unânimes, e nunca pretendi que fossem. Também não pauto minhas opiniões pelas opiniões dos meus colegas. Sou muito transparente. Escrevo o que acredito. Os editoriais que assino são baseados nos meus valores, princípios, na minha visão de mundo. Eles são o reflexo do que acredito.
 
 
 

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