Foto: Sérgio Lima / Folhapress
A médica cubana Ramona Rodriguez, que deixou o programa Mais Médicos, entrará na Justiça para pedir indenização por danos morais e receber a diferença do salário de R$ 10 mil oferecido pelo governo brasileiro que, segundo ela, não foi pago durante os quatro meses em que trabalhou no país. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (6) pelo líder do DEM, Mendonça Filho (PE) e pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). Ramona afirma que recebia apenas US$ 400 por mês e outros R$ 600 seriam depositados mensalmente em uma conta em Cuba, a serem entregues após o término do contrato.
Além disso, alega ainda que teve a honra atingida por ter sido “discriminada” em relação aos médicos de outros países. Mendonça Filho afirmou que o partido também entrará com uma representação no Ministério Público do Trabalho sugerindo uma ação coletiva para que todos os cubanos contratados para atuar no Brasil possam receber o percentual do salário que teria ido para Cuba.
“Vamos pedir que a Procuradoria-Geral do Trabalho patrocine uma ação coletiva a todos os médicos cubanos que estão sendo tratados de forma desigual, desumana e desrespeitosa”, disse. Caiado relatou ainda que a Associação Médica Brasileira (AMB) ofereceu a Ramona Rodriguez um emprego na área administrativa do escritório da entidade em Brasília.
Com isso, a médica cubana poderia pleitear um visto de trabalho e permanecer no território. De acordo com Caiado, a associação também ajudará a profissional a fazer a prova do Revalida, o que a permitirá atuar como médica no país.
A AMB é uma das grandes opositoras ao programa federal de contratação de médicos estrangeiros. Em agosto do ano passado, o presidente da associação, Florentino Cardoso, disse que a população de baixa renda seria a mais afetada com a vinda dos cubanos.
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