Restabelecimento do fornecimento de alimentação e medicamentos,
melhoria na infraestrutura das unidades de saúde do município,
restabelecimento do atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU) foram algumas ações destacadas pelo secretário Vinícius
Nina (Saúde) como avanços importantes dos três meses da gestão do
prefeito Edivaldo Holanda Júnior.
O secretário ressaltou a situação
encontrada na Saúde municipal ao assumir a gestão. Segundo ele, uma rede
superlotada, sem alimentação e remédios; totalmente desabastecida.
“Estamos trabalhando para melhorar o fluxo do atendimento. Levar os
casos de menor complexidade para as unidades mistas e básicas, que vai
ajudar a desafogar as Unidades de Urgência e Emergência. Para isso,
temos que melhorar a resolutividade destas Unidades de bairro”, disse.
A seguir, confira os principais trechos da entrevista concedida ao programa Balanço Geral, da TV Cidade.
Melhoria da infraestrutura
O secretário destacou que o prefeito
Edivaldo Holanda Júnior é sensível às questões da Saúde. Desta forma, já
autorizou a construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de
Saúde em São Luís. Cinco Unidades serão criadas e 16 outras receberão os
reparos necessários para um melhor funcionamento. Além das obras civis,
as Unidades também serão reequipadas com nova aparelhagem para exames e
procedimentos do dia a dia. As ampliações na Rede de Saúde vão resultar
também na contratação de novos profissionais, o que, efetivamente,
trará um atendimento de forma mais rápida e de qualidade para a
população.
Outro ponto abordado foi a construção do
novo hospital de urgência e emergência Dr. Jackson Lago. O projeto
apresentado pela antiga gestão não se mostrou viável devido a problemas
com a topografia do terreno, entre outros. “O prefeito está buscando um
novo local e investimentos que tornem a construção desse, que será um
grandioso hospital com cerca de 300 leitos”, disse o secretário.
Repasse do Socorrão II
Questionado sobre a intenção do Governo
do Estado de fazer a gestão do Socorrão II, Nina reforçou. “O Socorrão
II faz parte da Rede de Saúde de São Luís. Mudar a gestão do hospital
para o governo estadual não trará solução, e sim, enfraquecerá a
estrutura da própria Rede”, afirmou. Para o secretário, grande parte dos
problemas hoje que os hospitais da Rede na capital enfrentam é
proveniente da falta de resolutividade nos hospitais no interior do
estado. “As administrações municipais têm que ser cobradas para que haja
investimentos na saúde local”, reforçou.
Cerca de 60% dos pacientes atendidos hoje
em São Luís são provenientes do interior do estado e, dentre estes,
municípios que não são conveniados com a Rede da Capital. O secretário
destacou que a responsabilidade pelo bom funcionamento do Sistema Único
de Saúde é formada por um tripé composto por Estado, Município e União e
que, se um desses entes não fizerem sua parte, o Sistema adoece.
Retaguarda
O secretário Vinícius Nina ressaltou que
um importante passo dado pela gestão municipal foi a parceria firmada
com a Santa Casa de Misericórdia para a realização de cirurgias
ortopédicas. Hoje, com o aumento de número de leitos (105 novos leitos)
disponíveis na Rede de Saúde, 200 cirurgias ortopédicas estão sendo
realizadas por mês.
SAMU
“Nós encontramos o SAMU com três
ambulâncias operando. Hoje, em menos de três meses, são 20 veículos: 17
ambulâncias, duas motos e uma pick-up para intervenção rápida. Em poucas
semanas teremos mais seis ambulâncias através de convênio já firmado
com o Ministério da Saúde”, ressaltou Nina.
Ele informou ainda que a Semus está
submetendo projeto para a criação de uma nova sede administrativa e
unidades descentralizadas de atendimento, que funcionarão em contêineres
e darão celeridade às intervenções solicitadas pelo 192.
Estado de Emergência
Questionado se, realmente, foi válido e
suficiente este período, o secretário destacou que a situação da saúde é
crônica, grave. Para ele, os primeiros noventa dias serviram para
normalizar parte dos salários atrasados, restabelecer o fornecimento de
medicamentos, insumos e alimentação. A dívida detectada até agora pela
Semus é de mais de R$ 150 milhões.
“Nossa preocupação inicial era
regularizar os abastecimentos. Todos os contratos passaram por uma
análise criteriosa e os débitos existentes, com o devido tempo, serão
colocados em ‘restos a pagar’. O que for devido de forma justa e legal,
será pago”, destacou.
Metas
“Nós tivemos até agora menos de 90 dias. É
início de gestão. Nós vamos focar, além das ações para reverter o
quadro atual, em propostas que melhorem os números de cobertura do
Programa Saúde na Família (PSF), da vacinação, para que toda gestante
possa fazer seu pré-natal de forma adequada, para que os portadores de
diabetes e hipertensão possam fazer o acompanhamento adequado e receber
sua medicação no postos de saúde, entre outras ações pontuais. Vamos
investir muito na Atenção Básica”, afirmou. O reforço na Atenção Básica,
segundo Nina, é a melhor forma de diminuir os casos nas portas de
entrada de urgência e emergência.
No final da entrevista, o secretário de
Saúde reforçou o empenho da atual gestão de melhorar a saúde e convidou a
população a trabalhar em conjunto com a administração. “A nossa
mensagem é de otimismo. A palavra é: Reconstrução. E isso depende de um
trabalho conjunto com a população”.
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