O I Encontro Mulheres e Política Pública
Municipal marcou o Dia Internacional da Mulher. O evento foi promovido
pela Coordenadoria Municipal da Mulher (CMM) na tarde desta sexta-feira
(08), no Teatro da Cidade (Cine Roxy) e reuniu dezenas de representantes
do movimento feminino de São Luís, como o Fórum Estadual de Mulheres
Maranhenses e o Conselho Municipal da Condição Feminina.
A secretária de Informática e Tecnologia,
Tati Lima, representou o prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Em seu
discurso, destacou a questão das mulheres no mercado de trabalho.
“Precisamos da efetivação de políticas públicas direcionadas à formação
profissional das mulheres para que ocupem cada vez mais os melhores
postos de trabalho”, propôs.
A coordenadora municipal da Mulher,
Laurinda Pinto, lembrou que a nova gestão da Prefeitura de São Luís
assumiu publicamente a vontade de trabalhar para o desenvolvimento de
ações voltadas para o atendimento da mulher. “A nossa expectativa é de
que as políticas públicas sejam efetivadas de fato como estratégia para a
construção das igualdades e uma sociedade mais justa. A nossa luta é
para que as mulheres tenham vida digna principalmente no que se refere
ao apoio para o enfrentamento à violência que, infelizmente, ainda é uma
realidade frequente em todo o país”, disse.
A coordenadora do Fórum Estadual de
Mulheres Maranhenses, Mary Ferreira, falou sobre a história universal do
feminismo e as primeiras manifestações organizadas de mulheres em São
Luís. “Na década de 80 fomos muito criticadas, mas não deixamos de
exercer o feminismo como a capacidade de ter consciência da realidade
social e sua construção a partir de atitudes tomadas pelos homens em
detrimento das necessidades das mulheres. A partir dessa consciência é
que conseguimos mudanças”, explicou.
A plateia atenta às falas das
representantes do poder público e da sociedade civil também manifestou
seus anseios e que têm preocupações comuns como a falta de atendimento
integral à saúde, a luta pela melhoria salarial e condições de trabalho e
o enfrentamento da violência física e sexual.
Sofia Pereira, 53 anos, funcionária da
Semfaz há 26 anos, reconhece que as mulheres alcançaram muitas
conquistas, mas está convicta de que muitas situações ainda precisam ser
mudadas. “Os homens devem dividir muito mais as tarefas da casa, devem
participar da educação dos filhos e não deixar as mulheres abarrotadas
de trabalho doméstico. O homem deve ser acima de tudo companheiro da
mulher”, sugere.
Lotada na Semcas, Zuila Souza, 34 anos,
ressaltou a característica da mulher em ser polivalente. “Fazemos muitas
coisas com rapidez e ao mesmo tempo, especialmente as tarefas da casa,
mas não é por isso que não necessitamos de ajuda”, reclama.
Colega de Zuila, a funcionária Cassilene
Marinho, 28 anos, tem consciência dos problemas tão comuns ao universo
feminino. “Este é um seminário que deveria ocorrer com mais frequência
em outros espaços como escolas e associações de bairros. As informações
sobre os direitos das mulheres devem ser disseminados entre crianças e
adolescentes para que tenham conhecimento de leis como a da Maria da
Penha e aprendam a se defender”, disse.
A Rede Amiga da Mulher e o Fórum Estadual
da Mulher prepararam um documento com reivindicações que será entregue
ao prefeito Edivaldo.
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