sábado, 9 de março de 2013

Encontro discute políticas públicas para mulheres


O I Encontro Mulheres e Política Pública Municipal marcou o Dia Internacional da Mulher. O evento foi promovido pela Coordenadoria Municipal da Mulher (CMM) na tarde desta sexta-feira (08), no Teatro da Cidade (Cine Roxy) e reuniu dezenas de representantes do movimento feminino de São Luís, como o Fórum Estadual de Mulheres Maranhenses e o Conselho Municipal da Condição Feminina.

A secretária de Informática e Tecnologia, Tati Lima, representou o prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Em seu discurso, destacou a questão das mulheres no mercado de trabalho. “Precisamos da efetivação de políticas públicas direcionadas à formação profissional das mulheres para que ocupem cada vez mais os melhores postos de trabalho”, propôs.

A coordenadora municipal da Mulher, Laurinda Pinto, lembrou que a nova gestão da Prefeitura de São Luís assumiu publicamente a vontade de trabalhar para o desenvolvimento de ações voltadas para o atendimento da mulher. “A nossa expectativa é de que as políticas públicas sejam efetivadas de fato como estratégia para a construção das igualdades e uma sociedade mais justa. A nossa luta é para que as mulheres tenham vida digna principalmente no que se refere ao apoio para o enfrentamento à violência que, infelizmente, ainda é uma realidade frequente em todo o país”, disse.

A coordenadora do Fórum Estadual de Mulheres Maranhenses, Mary Ferreira, falou sobre a história universal do feminismo e as primeiras manifestações organizadas de mulheres em São Luís. “Na década de 80 fomos muito criticadas, mas não deixamos de exercer o feminismo como a capacidade de ter consciência da realidade social e sua construção a partir de atitudes tomadas pelos homens em detrimento das necessidades das mulheres. A partir dessa consciência é que conseguimos mudanças”, explicou.

A plateia atenta às falas das representantes do poder público e da sociedade civil também manifestou seus anseios e que têm preocupações comuns como a falta de atendimento integral à saúde, a luta pela melhoria salarial e condições de trabalho e o enfrentamento da violência física e sexual.

Sofia Pereira, 53 anos, funcionária da Semfaz há 26 anos, reconhece que as mulheres alcançaram muitas conquistas, mas está convicta de que muitas situações ainda precisam ser mudadas. “Os homens devem dividir muito mais as tarefas da casa, devem participar da educação dos filhos e não deixar as mulheres abarrotadas de trabalho doméstico. O homem deve ser acima de tudo companheiro da mulher”, sugere.

Lotada na Semcas, Zuila Souza, 34 anos, ressaltou a característica da mulher em ser polivalente. “Fazemos muitas coisas com rapidez e ao mesmo tempo, especialmente as tarefas da casa, mas não é por isso que não necessitamos de ajuda”, reclama.

Colega de Zuila, a funcionária Cassilene Marinho, 28 anos, tem consciência dos problemas tão comuns ao universo feminino. “Este é um seminário que deveria ocorrer com mais frequência em outros espaços como escolas e associações de bairros. As informações sobre os direitos das mulheres devem ser disseminados entre crianças e adolescentes para que tenham conhecimento de leis como a da Maria da Penha e aprendam a se defender”, disse.

A Rede Amiga da Mulher e o Fórum Estadual da Mulher prepararam um documento com reivindicações que será entregue ao prefeito Edivaldo.

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