Todos os anos a Assembleia Legislativa faz sessão especial dedicada
ao Dia Internacional da Mulher. E cada vez mais o número de mulheres
presentes ao evento reduz. É nítida a ausência até mesmo das
representantes de movimentos sociais.
Na sessão de ontem não foi diferente. Da bancada feminina, pouco mais
da metade. Os homens com mandato de deputado estão se lixando pra data.
Quase nenhum parlamentar esteve presente.
Em nenhum momento da vazia sessão, a deputada Eliziane Gama, que
pediu a realização do evento, apontou para a ausência de seus colegas de
parlamento. Claro, o espírito de corpo fala mais alto. Ainda mais agora
que a deputada faz campanha para ser candidata a governadora.
O plenário praticamente vazio numa data e sessão especial dedicada à
mulher, mostra que a própria mulher não tem preocupação em discutir suas
questões, não tem tempo, ou desistiu de ouvir todos o anos sempre a
mesma coisa.
De novo mesmo só o pedido da deputada Eliziane Gama para que a
bancada do governo indique seus membros para a CPI que vai investigar a
violência contra a mulher no Maranhão. O tema é válido, mas a CPI não é o
instrumento ideal para resolver a problemática.
Será mais uma daquelas como a CPI da Pedofilia, que foi de autoria da
deputada Eliziane Gama, resultoando em nada. Tanto que anos depois
passaram aparecer uso e abuso sexual por parentes contra menores.
A Comissão de Direito Humanos e das Minorias, presidida por Eliziane
Gama, deveria, sim, ocupar os espaços publicitário da Assembleia
Legislativa nas emissoras de rádio e TV para fazer campanhas de combate à
violência contra as mulheres.
Campanhas de conscientização que estimulem a mulher a denunciar as
condições de violência, na maioria doméstica, e deixar o resto por conta
da polícia. Da maneira e na época em que a CPI foi proposta, parece
coisa de campanha eleitoral e querer jogar pra platéia.
Se a preocupação fosse séria, hoje, no Dia Internacional da Mulher,
nossas principais praças estariam lotadas com debates, discursos
inflamados, denúncias de desempregos, violência, falta de atendimento
nos hospitais e outro temas.
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