quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Juiz usa Porsche apreendido de Eike Batista


O advogado Sergio Bermudes, que defende Eike Batista, afirma que o juiz que mandou apreender bens do empresário, dr. Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, tem usado um Porsche Cayenne branco (placa DBB-0002), pertencente ao cliente dele.

A mulher de Eike, Flavia Sampaio, publicou nesta terça-feira (24), no Instagram, uma foto com a seguinte frase: “O que um veículo de Eike Batista apreendido pela Polícia Federal, e que deveria estar sob sua guarda em depósito público, fazia, nesta noite, estacionado em um condomínio residencial na Barra da Tijuca?”.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Bermudes afirma que o magistrado levou o veículo para o prédio onde mora. O jornal flagrou o juiz dirigindo o veículo nesta terça-feira, no centro da cidade, próximo à sede do Tribunal Regional Federal.

Ainda segundo Bermudes, um piano que foi apreendido também estaria em posse do juiz. A Justiça reteve de Eike Batista seis carros, um iate, 16 relógios, uma escultura, mais de R$ 127 mil em espécie (sendo R$ 37 mil em moedas estrangeiras), como garantia para pagar credores, em uma eventual condenação do empresário, processado por crimes contra o mercado financeiro.

Procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o magistrado não foi localizado. O R7 também não conseguiu contato com ele até a publicação desta matéria.

Ao blog Radar On-line da revista Veja, o juiz disse que quando estacionaram os carros apreendidos no pátio da Justiça Federal não havia vaga para todos. Segundo a revista, ele teria levado os dois mais caros e estacionado nas vagas cobertas do próprio prédio onde mora e fez um ofício ao Detran comunicando que os carros estariam ali.

A revista informa que, de acordo com o juiz, os carros não saíram da garagem desde então. Hoje, os carros iriam para a Justiça Federal para ficarem expostos no pátio, porque o leilão será amanhã. Na hora de sair de casa, a Hilux que o motorista da Vara Federal dirigia deu problema e teve de ser rebocada. O motorista era quem pegaria o Porsche depois para levar à Justiça Federal. Então ele, se dispôs a levar.

O blog afirma ainda que o advogado de defesa de Eike Batista, Ari Bergher, entrou em contato com a revista para afirmar que descobriu que o Porsche Cayenne não foi incluído pelo juiz no edital do leilão de amanhã. Portanto, segundo Bergher, o “passeio do juiz” com o carro “se constitui em improbidade administrativa”.

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