Em pronunciamento na tribuna da Câmara
Municipal, na manhã desta quarta-feira (01), o vereador Roberto Rocha
Júnior (PSB) registrou o seu descontentamento com o reajuste da tarifa
de transporte público de São Luís. Ele argumentou que o alto preço das
passagens está praticamente incompatível com a renda dos usuários do
serviço.
Na oportunidade, a exemplo
do que já fez outros vereadores, Roberto Júnior sugeriu que o prefeito
Edivaldo Holanda Júnior, interceda junto ao governador Flávio Dino, para
que este reduza o ICMS do combustível e do pneu para os ônibus do
transporte coletivo da capital maranhense. Segundo ele, a única maneira
de as empresas não reajustarem as tarifas quando aumentarem seus custos é
com a redução do custo fiscal.
“Os
usuários do transporte coletivo são constituídos, em sua maioria, por
pessoas de baixa renda. E não podemos deixar de achar injusta a decisão
do prefeito de aumentar as tarifas, onerando ainda mais o bolso dos
usuários, sem antes tentar um acordo com o governador, visto que eles
são aliados. O governador Flávio Dino reduziu no mês passado o ICMS do
combustível de aviões, para incentivar o turismo em nosso estado. Por
que não fazer o mesmo em relação aos ônibus?”, questionou.
Durante
o seu pronunciamento, o vereador socialista não economizou críticas ao
prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Ele fez questão de lembrar que durante
o período de transição, o então vice-prefeito de São Luís, atual
senador, Roberto Rocha, propôs publicamente o enfrentamento do debate
sobre a mobilidade urbana, considerada já por este, o maior e mais
sensível problema da capital maranhense. Rocha Júnior afirmou que, na
época, Roberto Rocha sugeriu que fosse criada uma comissão com
representantes de vários setores da sociedade a fim de avaliar o
problema para, juntos, encontrarem uma solução.
“Nunca
foi proposto aumentar, nem diminuir tarifas. O objetivo era fazer um
profundo diagnóstico do sistema, inclusive com uma auditagem na tarifa,
no prazo de 40 dias. Todos nós sabemos que, oferecer um transporte
público de qualidade à população, deve ser prioridade absoluta de
qualquer governo, mas, infelizmente, o prefeito preferiu continuar
empurrando o problema para debaixo do tapete, e com essa omissão, a
parcela mais pobre da população é que está sendo prejudicada”, disse.
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