Ao contrário da Associação dos Magistrados, que divulgou nota açodada tentando simplesmente desqualificar o que todo o país viu e ouviu – sem sequer abrir possibilidade de investigação – o desembargador Froz Sobrinho tomou atitude mais serena, negando envolvimento de magistrados com o traficante Fernandinho Beira-Mar, levantando hipóteses do que poderia ter levado o traficante a fazer o comentário e abrindo investigação para apurar o caso.
Não é jogando as manchas para debaixo do tapete e desqualificando as denúncias – como fez a Amma – que se estará preservando o Judiciário maranhense.
A postura do desembargador Froz Sobrinho, que coordena o Grupo de Monitoramento Carcerário do Tribunal de Justiça, foi a mais compatível com o momento.
O que se tem é um traficante de alta periculosidade que, conversando com outro traficante de alta periculosidade, em conversa monitorada pela Justiça, disse que trabalhava sua transferência para o Maranhão e que, aqui, tinha um “fortíssimo desembargador amigo”.
Espera-se que a investigação do TJ chegue a bom termo, apesar da Amma.
Espera-se também que as secretarias de Segurança e a de Justiça – únicas que permaneceram em silêncio até agora – possam também explicar por que os traficantes demonstraram interesses em vir para o Maranhão.
É isso que se espera das autoridades.
Apesar dos arroubos corporativistas…
Por Marco D´Eça
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