Um trabalhador teve uma boa surpresa recentemente. Depois de quase 30 anos, o profissional descobriu que ganhou um processo na Justiça do Trabalho e que tem direito a mais de R$ 73 mil. A ação teve início em 25 de junho de 1986, na 10ª Vara de Salvador, contra o Banco Comércio e Indústria de São Paulo (Comind). Os valores estavam depositados desde 1997, segundo o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT5-BA).
Foi uma equipe do próprio tribunal que se esforçou — e muito! — para localizar o homem. Os números de telefone informados no processo já não existiam, e as correspondências também não eram recebidas no endereço antigo, pois o homem havia mudado. A equipe do TRT precisou pesquisar no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para descobrir o atual endereço e telefone do empregado, que mora em uma pequena propriedade rural em Minas Gerais. Ainda assim, os telefones não funcionavam. Foi necessário entrar em contato com a vizinhança para localizar o beneficiário.
O empregado ficou surpreso quando foi informado: “Já tinha apagado da memória. Foi mais que uma surpresa quando soube”, disse.
Ele já decidiu como vai gastar o dinheiro: “Vou trocar o carro, que o meu tá velhinho”, afirmou.
Nem mesmo o advogado do cliente acreditou quando recebeu a ligação da Sessão de Análise Documental (SAD) do tribunal, e foi ao órgão diretamente para conferir a veracidade das informações.
De acordo com o TRT, a quantidade de casos armazenadados mostra a necessidade da parte envolvida acompanhar o andamento da ação. Muitas vezes os processos vão parar no arquivo por falta do acompanhamento dos envolvidos, que não são encontrados — seja por mudança de endereço, por erro no preenchimento dos dados — ou até por esquecimento e falta de interesse.
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