sexta-feira, 31 de julho de 2015

A responsabilidade da TV pelo aumento da criminalidade

São raros os momentos em que não vemos a propagação do ódio entre pessoas. Talvez isso só ocorra na hora de apresentar a previsão do tempo, ou de falar sobre esportes (desde que não mostre nenhuma agressão).


Se tem um “assunto da moda”, de preferência envolvendo muito sofrimento e brutalidade, aí é que os jornais só falam sobre isso.


Todos lembramos do caso do caso do esfaqueamento daquela pessoa no RJ, num roubo de uma bicicleta. Quantos outros casos foram noticiados após esse, não só no RJ, mas em outros Estados?
E na época em que a “moda” era explodir/arrombar “caixas rápidos”?! Só se falava nesse tipo de crime.


O mais “engraçado” disso tudo é que a maior parte dos crimes que são noticiados acabam sendo repetidos, inclusive na forma de atuação, passoapasso.


Assim, mais parece que os telejornais, ao invés de prestar um bom serviço à sociedade, se tornaram uma escola do crime.


Não sabe como praticar determinado crime?! Assista aos telejornais, pois eles te dirão como fazer!


Vamos ao exemplo do “caixa rápido”.


Aqui no ES, há uns anos, “entrou na moda” invadir estabelecimentos comerciais no período da noite (quando estava fechado), com um veículo de carroceria, e levar embora o caixa eletrônico do local.
Geralmente, os agentes usavam o próprio veículo para quebrar a entrada do local, entravam de ré até o local do caixa, o colocavam no veículo e fugiam.


Bastou esse crime sair na mídia, com detalhes (forma de atuação, tempo de duração da ação, dentre outros), que pouco tempo depois só se falava nisso e no aumento de roubos/furtos de camionete e pick-ups (utilizadas para transportar o caixa).


E como disse, os crimes, surpreendentemente, eram muito parecidos e não necessariamente eram praticados pelas mesmas pessoas.


A violência está tão grande e tão espalhada que não precisamos desse (des)“incentivo”. Eu, pelo menos, dispenso.


Na verdade, o mais triste nem é ver essas aulas da prática criminosa passando 24h na TV. O pior mesmo é saber que se isso é tão noticiado é que tem público para assistir (ô se tem!).



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