Segundo McCauley, ainda há tempo para evitar uma catástrofe maior.
Isso porque, comparados com os continentes, os oceanos estão quase intactos.
"Os impactos estão aumentando, mas não estão tão graves a ponto de não podermos reverte-los", afirmou Martin Pinsky, biólogo marinho da universidade Rutgers e coautor do estudo.
A pesquisa de McCauley e Pinsky é sem precedentes, pois cruzou dados de diversas fontes, desde relatórios sobre a exploração de combustíveis fosseis até estatísticas sobre remessas de containers, pesca e mineração oceânica.
Os cientistas detectaram sinais claros que os seres humanos afetaram os oceanos e a vida marinha de forma grave.
Enquanto algumas espécies sofrem com a superpopulação, outras estão ameaçadas de extinção, devido a destruição seus habitats geralmente causada pela intervenção humana.
A população de recifes de corais, por exemplo, diminuiu 40% no século passado, principalmente pelas consequências do aquecimento global.
Algumas espécies de peixes estão migrando para águas mais frias. Outras espécies, com a locomoção reduzida, não irão conseguir encontrar novos lares.
Ao mesmo tempo, as emissões de gases do efeito estufa estão alterando a química da água do mar, tornando-a mais ácida.
Ainda assim, a pesquisa afirma que há tempo para reduzir os estragos, com a implantação de programas que limitem a exploração dos oceanos.
Os autores alegam que a limitação da industrialização dos oceanos em algumas regiões permitiria que espécies ameaçadas migrassem para outras partes ainda preservadas.
"Acredito que nosso melhor parceiro para salvar o oceano é ele próprio", afirma McCauley.
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