segunda-feira, 22 de junho de 2015

Sociedade discute ética na imprensa de Imperatriz, em debate


IMPERATRIZ – Com o objetivo de refletir sobre as práticas dos comunicadores de diversos veículos locais, principalmente, quanto ao tratamento dado às tragédias e à violência, a comunidade acadêmica promove, nesta quarta-feira (24), às 19h30, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus Centro, o debate “Ética na imprensa imperatrizense: limites e desafios para a cobertura de tragédias”.

De acordo com a professora do curso de Jornalismo Roseane Arcanjo, que participa da organização do evento, o debate envolve as responsabilidades tanto de jornalistas quanto dos próprios internautas na geração de conteúdo e informação.

“A sociedade merece uma cobertura jornalística mais ética e que respeite os direitos fundamentais dos cidadãos. É necessário debatermos sobre as responsabilidades tanto de jornalistas quanto de internautas que produzem conteúdos explorando a violência e o crime, e depois compartilham isso nas redes sociais. É necessário que os profissionais não estimulem essas ações”, afirma.

Para isso, alguns representantes de segmentos sociais foram convidados para falar sobre a temática, como o promotor de justiça Joaquim Junior, o defensor público Fábio Carvalho, a professora de Direito e Legislação em Jornalismo Rosana Pereira, a jornalista Tátyna Viana e, para representar as famílias expostas pela imprensa, Antônia Martins.

Além dos acadêmicos, professores e convidados, devem participar da discussão os profissionais da imprensa local, desde a TV, rádio, até os sites e blogues independentes. Roseane explica que a expansão do tema para além dos muros da universidade garante a pluralidade de vozes.

“Tornar o espaço universitários mais plural, com mais vozes e debates, construir efetivamente uma universidade popular e não elitista”, diz.

O debate é realizado por meio da parceria entre o Centro Acadêmico do Curso de Comunicação Social – Jornalismo, o jornal alternativo 4Bocas e componentes do comando de greve da UFMA.

 

Greve de professores

Segundo a professora Roseane Arcanjo Pinheiro, o debate foi incluído nas atividades da mobilização de professores, técnicos e alunos que apoiam a paralisação, iniciada, em Imperatriz,no dia 10 de junho.

“O objetivo dos estudantes de Jornalismo coincidiu com o objetivo do movimento #ocupeufma, de professores, estudantes e técnicos-administrativos: aproximar a universidade da sociedade e trazer mais segmentos para o espaço universitário”, conta a professora.

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