IMPERATRIZ
– Com o objetivo de refletir sobre as práticas dos comunicadores de diversos veículos
locais, principalmente, quanto ao tratamento dado às tragédias e à violência, a
comunidade acadêmica promove, nesta quarta-feira (24), às 19h30, na
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus
Centro, o debate “Ética na imprensa imperatrizense: limites e desafios para a
cobertura de tragédias”.
De
acordo com a professora do curso de Jornalismo Roseane Arcanjo, que participa
da organização do evento, o debate envolve as responsabilidades tanto de
jornalistas quanto dos próprios internautas na geração de conteúdo e informação.
“A
sociedade merece uma cobertura jornalística mais ética e que respeite os
direitos fundamentais dos cidadãos. É necessário debatermos sobre as
responsabilidades tanto de jornalistas quanto de internautas que produzem conteúdos
explorando a violência e o crime, e depois compartilham isso nas redes sociais.
É necessário que os profissionais não estimulem essas ações”, afirma.
Para
isso, alguns representantes de segmentos sociais foram convidados para falar
sobre a temática, como o promotor de justiça Joaquim Junior, o defensor público
Fábio Carvalho, a professora de Direito e Legislação em Jornalismo Rosana
Pereira, a jornalista Tátyna Viana e, para representar as famílias expostas pela
imprensa, Antônia Martins.
Além
dos acadêmicos, professores e convidados, devem participar da discussão os
profissionais da imprensa local, desde a TV, rádio, até os sites e blogues
independentes. Roseane explica que a expansão do tema para além dos muros da
universidade garante a pluralidade de vozes.
“Tornar
o espaço universitários mais plural, com mais vozes e debates, construir
efetivamente uma universidade popular e não elitista”, diz.
O
debate é realizado por meio da parceria entre o Centro Acadêmico do Curso de
Comunicação Social – Jornalismo, o jornal alternativo 4Bocas e componentes do
comando de greve da UFMA.
Greve de professores
Segundo
a professora Roseane Arcanjo Pinheiro, o debate foi incluído nas atividades da
mobilização de professores, técnicos e alunos que apoiam a paralisação, iniciada,
em Imperatriz,no dia 10 de junho.
“O
objetivo dos estudantes de Jornalismo coincidiu com o objetivo do movimento
#ocupeufma, de professores, estudantes e técnicos-administrativos: aproximar a
universidade da sociedade e trazer mais segmentos para o espaço universitário”,
conta a professora.
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