Ao se submeter, mais uma vez, aos comunistas, fazendo da prefeitura um puxadinho do palácio, o prefeito poderá decretar sua derrota.
A coligação com o PSB estava pronta, e foi anunciada publicamente pelo próprio senador Roberto Rocha (PSB). Teria sido o caminho mais fácil para Edivaldo decidir a eleição no primeiro turno. Uma questão de lógica política.
Mas, quando foi informado oficialmente pelo deputado Weverton Rocha(PDT), presidente do partido do prefeito, o governador Flavio Dino deu chilique, quebrando três vasos raros do acervo do palácio.
Primeiro porque seu esforço de um ano em fazer Bira do Pindaré candidato do PSB tinha naufragado.
Segundo, porque viu ex-aliados avançar, deixando ele para trás na sua obsessiva disputa de 2018.
Diante disso, o governador vetou a coligação com o PSB para afastar o vereador Roberto Rocha Jr da chapa do prefeito, e em seu lugar impôs um desconhecido comunista, queimado entre os professores de seu sindicato.
Está muito claro que só teve segundo turno por causa do campo político com a candidatura do deputado Wellington do Curso, apoiado pelo PSB do senador Roberto Rocha. Até então todos diziam tratar-se de uma bolha, mas com o apoio, o seu tempo de TV saltou de trinta segundos para dois minutos e meio. É claro, também com apoio do PSD.
Wellington chegou ao teto de uma terceira via, ou seja 29% dos votos. E, no final, perdeu 9% de eleitores da classe média para o deputado Eduardo Braide, por conta exclusivamente do seu fraco desempenho no debate da TV Mirante.
Óbvio que Braide surgiu como o novo do novo por causa do contraste com Wellington.
É por isso que Edivaldo Holanda Júnior poderá perder a eleição.
E o reflexo disso foi gerado quando o prefeito fez da prefeitura um puxadinho do palácio dos Leões, entregando a tarefa de governar a capital do Maranhão a um roedor comunista.
Agora, o governador destacou parte da sua tropa para ajudar Braide, acendendo uma vela vermelha para cada candidato.
Flavio Dino faz agora com Edivaldo o mesmo que fez com vários companheiros que o ajudaram a chegar ao palácio dos Leões.
Inúmeros políticos foram – e continuam sendo – traídos pelo comunista, desde um simples cabo eleitoral do interior do estado até um senador da República.
Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, que veio ao Maranhão várias vezes apoiar Flavio Dino em 2014, não quer nem ouvir falar o nome dele.
Ao descartar os seus principais aliados, ao ofender o prefeito eleito de São Paulo, a maior liderança emergente do partido de seu vice, o governador Flávio Dino, que também desdenha do PSDB, que o apoiou, talvez esqueça, ou queira ocultar, que o padrinho e avalista de Berlusconi na Itália foi a esquerda, pelas mãos de Betino Craxi, que depois a Itália dispensou para o lixo da história.
Não é honrado desrespeitar o voto de milhões de eleitores paulistas que, além de tudo, abriga o maior contingente de nordestinos fora do Nordeste.
O fato é que o governador vai se isolando no seu casulo ideológico, até o dia em que se verá isolado como um caricato déspota ruminando suas ambições de grandeza.
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