segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Roberto Rocha lamenta tragédia de Santa Maria

 
 
 
O vice-prefeito de São Luis, Roberto Rocha (PSB), publicou, na sua página pessoal no Facebook, um comovente e ao mesmo tempo indignado desabafo sobre a tragédia ocorrida na cidade de Santa Maria (RS), na madrugada do domingo (27), onde mais 200 jovens morreram queimados após incêndio (criminoso) na discoteca Kiss.
 
Roberto Rocha, que é pai dedicado de três jovens, conseguiu expressar muito bem o que todos nós brasileiro, pais ou não, sentimos neste momento de profunda dor e revolta. Veja:
 
Todos nós – governantes, autoridades, empresários, cidadãos, pais – ficamos com a obrigação impostergável de ir além do pesar e de desenvolvermos cuidados e medidas preventivas para que episódios como o de Santa Maria jamais se repitam”.
 
 
 Todos estamos desolados com o infortúnio que interrompeu a existência de tantos jovens em uma boate na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Mas precisamos ir além do luto. A dor dos gaúchos é de todos nós. Os brasileiros não podem se conformar com uma imprevidência desta ordem, que transforma um local de diversão em armadilha fatal.
 
Ninguém está sugerindo uma caça às bruxas, nem uma irresponsável busca de culpados, que seriam reações compreensíveis para quem perdeu parentes e amigos. O que defendemos é uma investigação rigorosa das causas que provocaram o sinistro, com o propósito prioritário de prevenir ocorrências semelhantes no futuro.
 
É inconcebível que uma casa de espetáculos daquela dimensão não dispusesse de pessoal preparado e equipamento apropriado para impedir o alastramento do fogo. E mais, como pode um local de grande afluxo de pessoas ter apenas um espaço estreito para a saída e nenhum plano de abandono para situações de emergência? Quem falhou? A engenharia? A fiscalização? Os órgãos públicos? Os organizadores do espetáculo?
 
São muitas as perguntas que precisam ser respondidas num ambiente de serenidade e justiça, para que as falhas sejam efetivamente corrigidas. Além disso, independentemente do que seja apurado, o caso da boate Kiss deve servir de referência para que os legisladores revisem as normas de funcionamento de casas de espetáculos e para que os órgãos fiscalizadores adotem procedimentos mais criteriosos e mais transparentes na aferição das condições de segurança desses estabelecimentos.
 
Vale lembrar que tragédia semelhante ocorrida em Buenos Aires, em 2004, quando 194 pessoas morreram no incêndio da discoteca República Cromañón, acabou motivando a criação de uma legislação específica mais rigorosa na Argentina.
 
Os jovens têm todo o direito de se divertir num ambiente de conforto e segurança. Da mesma maneira, seus familiares têm que recuperar a tranquilidade de saber que eles irão para as festas e voltarão íntegros para seus lares. Por isso, todos nós – governantes, autoridades, empresários, cidadãos, pais – ficamos com a obrigação impostergável de ir além do pesar e de desenvolvermos cuidados e medidas preventivas para que episódios como o de Santa Maria jamais se repitam.



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