O
melhor: quem cuida bem do coração e fica longe dos vários fatores de risco para
as doenças cardíacas - como
taxas elevadas de colesterol, tabagismo e obesidade – evita, além do
infarto e outros problemas do coração, várias outras doenças relacionadas a
hábitos pouco saudáveis. Nessa lista estão incluídos desde o câncer de pulmão,
causado pelo cigarro, até a insuficiência renal crônica.
Um
estudo publicado no final de 2007, na revista científica The Lancet,
revelou que a grande maioria dos ataques cardíacos pode ser prevista por nove
fatores, possíveis de prevenção e tratamento. Entre eles estão: fumo, colesterol elevado,
hipertensão, diabetes, obesidade, estresse, baixo consumo de frutas e vegetais, falta de
exercícios físicos e consumo de álcool. Batizado de Interheart, o
trabalho foi realizado por instituições canadenses que avaliaram 29 mil pessoas
de 52 países. Todos estes “nove pontos” correspondem a 90% dos riscos de
ataques do coração.
MUDANÇA
DE HÁBITO
Para
deixar seu coração em forma é necessário tomar algumas atitudes:
fique longe dos fatores de risco
procure
um médico cardiologista, clínico geral ou geriatra para avaliar a saúde de seu
coração. Esses especialistas farão um exame clínico e poderão solicitar alguns
exames diagnósticos. Se os resultados forem normais, parabéns!
Mas lembre-se: se você fuma, não pratica exercícios físicos, fica o
tempo todo estressado ou se alimenta mal, a chance dessa realidade mudar é
grande.
Se,
no seu caso, o diagnóstico não for tão animador, acalme-se. A dieta e a prática de 30 a 60
minutos de exercícios
diários já auxiliam na prevenção e na diminuição do diabetes, das taxas do
colesterol e, consequentemente, do risco para doenças cardíacas. Além
disso, você ainda tem à sua disposição um exército de medicamentos eficazes.
“Se
as taxas de LDL, de glicemia ou de pressão arterial estiverem muito elevadas,
partimos para um tratamento mais agressivo, com remédio. Claro que sempre
associamos o medicamento a mudanças no estilo de vida”, explica o Dr. Elias
Knobel, cardiologista e vice-presidente da mesa diretora da Sociedade Beneficente
Israelita Brasileira Albert Einstein.
CORAÇÃO
DE MULHER
E o
que é pior: dados mostram que elas acabam morrendo mais de ataque cardíaco do
que eles. Após um ano após o infarto, 38% das mulheres morrem, contra 25% dos
homens. Isso porque até pouco tempo, elas demoravam mais para chegar ao
pronto-socorro porque não imaginavam que as dores no peito se tratavam de
infarto. Afinal, doença do coração não era problema de homem? Nos dias de hoje,
não mais.
NOVOS
TRATAMENTOS
A
doença do coração é a que teve mais avanço na área de tratamento nos últimos
anos. Agora, somente uma pequena população de pacientes cardíacos precisa
passar pela cirurgia de revascularização (operação que abre o tórax para
colocação de pontes de safena ou mamária).
O que mais se usa, atualmente, para corrigir a aterosclerose
(entupimentos de artérias) é a angioplastia feita com a ajuda de um
cateterismo. O método restabelece o fluxo sangüíneo nas áreas do músculo
cardíaco que deixaram de receber sangue adequadamente. No procedimento, o
médico consegue desobstruir o vaso e ainda tem a opção de colocar um stent (um
tipo de mola), evitando que a placa de gordura volte a entupir a artéria,
dependendo do caso.
SINAIS
DE ALERTA
Os
problemas cardíacos podem apresentar sintomas mais agudos ou bastante sutis.
Fique atento aos sinais abaixo pois, caso ocorram, é hora de ir rapidamente
para o pronto atendimento. “Quanto mais rápido o paciente for atendido, maiores
as chances de se evitar sequelas e de ter sucesso no tratamento”, avisa o
cardiologista Elias Knobel.
Tontura, fadiga, suor em excesso, aumento da
frequência cardíaca, náusea ou vômitos
Dor torácica intermitente, que pode irradiar para as
costas, ombros braços e pescoço Sensação de peso e aperto no peito
Lábios, mãos ou pés com aspecto azulado